INVESTIMENTO EM USINA SOLAR pode ser sim uma boa, mas, se você não entende as especificidades do negócio em que pretende se envolver e nem busca assessoria com quem entende, os riscos são grandes.
Que investimento em usina solar está na moda ou em alta, principalmente porque hoje tudo vem girando em torno da transição energética, todo mundo sabe.
O problema está naquilo em que nem todo mundo sabe.
Não é todo mundo que sabe exatamente como analisar as possibilidades / oportunidades de investimento da forma necessária para que seja mesmo uma boa alternativa e para que os seus riscos sejam adequadamente dimensionados.
Enquanto, por um lado, se tem aqueles que, mesmo conhecedores do tipo de negócio, tomam todas as cautelas possíveis — o que leva a que a fase prévia à decisão pelo investimento, de due diligence, tome muitas semanas e até meses –, por outro lado há quem acabe por pular esse importante passo de análise.
E é com exemplo desse segundo grupo que tive contato recente.
Infelizmente, um cliente, que não tem conhecimentos específicos do setor ou do negócio, acabou perdendo bastante dinheiro ao apostar em investimento em usina solar para geração distribuída, que prometia retornos de 22% ao ano.
Só que isso não teria acontecido, ou muito provavelmente não teria acontecido, se desde o momento inicial ele tivesse buscado auxílio para compreender exatamente as condições dos projetos em que estava prestes a se envolver.
Quando ele recorreu a mim, já bastante tarde, e me apresentou as informações e os documentos utilizados como base para a sua decisão lá atrás, pude identificar, logo numa primeira análise, que os projetos, então oferecidos como oportunidades, continham alguns indícios de que as coisas já não caminhavam bem.
Alguns exemplos do que identifiquei nesse primeiro momento:
Esses foram só alguns dos problemas identificados. Outros mais foram sendo descobertos à medida que os documentos eram analisados.
O que importa aqui é que, de fato, os projetos não foram para frente. O dinheiro dos investidores foi gasto de alguma forma desconhecida e o meu cliente, dentre eles, saiu com esse rombo financeiro.
É claro que qualquer outro projeto poderia ter tido problemas e não ser finalmente viabilizado e implementado.
A diferença é que existem formas de não se envolver justamente naqueles em que a ruína já é indicada desde muito cedo. E uma delas é não dispensar uma due diligence completa.